Se você tem dúvida em relação a um destes temas, é hoje que elas serão sanadas!

Nós baseamos muitas de nossas postagens de dúvidas nas perguntas realizadas na comunidade. E notamos que muitas pessoas não entendiam como funciona exatamente as Imunidades, Resistências e Vulnerabilidades em D&D 5ª Edição.
Mas não se preocupe: essa postagem vai te explicar tudo o que você precisa saber a respeito destes temas!

Resistência

Quando você possui resistência a um tipo de dano, você sofrerá metade do dano que seria normalmente causado. Uma bola de fogo que normalmente causaria 30 pontos de dano ígneo em uma criatura irá causar apenas 15 pontos de dano em um Tiferino – que recebe resistência à dano ígneo, concedido pela própria raça.

Embora pareça ser uma regra simples, existem alguns tópicos importantes a respeito dela:

  • Múltiplas resistências não se somam: Suponhamos que você tem resistência a dano não-mágico e dano cortante. Caso você receba dano oriundo de um ataque cortante não-mágico, você reduzirá o dano pela metade em vez da metade da metade (3/4).
  • Sucesso em uma salvaguarda e resistência a dano: Ter sucesso em uma salvaguarda que diminua o dano causado pela metade (por exemplo, um sucesso em uma salvaguarda de uma bola de fogo) não é considerado resistência a dano – ou seja, um não anula o outro. Dessa forma, um sucesso em uma salvaguarda aliado à resistência ao dano diminuirá o dano em 3/4 (ou metade da metade).

Por exemplo: Uma bola de fogo disparada por um mago causa 30 pontos de dano ígneo. Entretanto, um guerreiro tiferino foi bem-sucedido na salvaguarda, o que diminui o dano pela metade: de 30 para 15. Ainda, o tiferino possui resistência a dano ígneo, o que diminui o dano pela metade novamente: de 15 para 7,5. Como o jogo arredonda tudo para baixo, você sofre apenas 7 pontos de dano ígneo.

  • Danos múltiplos: Algumas magias causam dois ou mais tipos de dano (onda destrutiva é uma delas). Você só diminuirá metade do dano no qual você é resistente, não o dano total da magia.

Por exemplo: um bárbaro do Caminho do Furioso está em fúria e é alvejado pela magia chuva de meteoros, que causa 20d6 de dano ígneo e 20d6 de dano contundente. Após rolar os dados de dano, constatou-se que foram causados 73 pontos de dano ígneo e 90 pontos de dano contundente, totalizando 163 pontos de dano. Um bárbaro em fúria possui resistência a dano contundente, portanto, ele diminuirá pela metade apenas os 90 pontos de dano contundente causados pela magia, em vez dos 163 pontos de dano totais. Sendo assim, ele sofrerá 118 pontos de dano em vez de 163 (73 de dano ígneo e 45 de dano contundente devido a resistência).

  • Resistência a danos não-mágicos que não sejam de “X”: Essa mecânica deixa diversos mestres encucados. Algumas criaturas possuem resistências muito específicas e que acabam confundindo a cabeça de diversos mestres da 5ª Edição.
    Peguemos a criatura Horror de Elmo: ela possui “Resistência a dano cortante, contundente e perfurantes não mágicos que não sejam realizados com armas de adamantina”.

Vamos explicar abaixo como essas interações funcionam em ataques:

  • Ataques com armas mundanas (não-mágicas): Pelo fato da arma não ser mágica, um Horror de Elmo possui resistência ao dano que ela causa;
  • Ataques com armas mágicas: Como a arma é mágica, ela ignora a resistência do Horror de Elmo, causando dano normalmente;
  • Ataques com armas de adamantina: O Horror de Elmo possui resistência a ataques não mágicos, exceto se o ataque não-mágico for causado por armas forjadas com adamantina. Se você atacar com uma arma imbuída com adamantina, você ignora a resistência da criatura, causando dano normalmente.

Algumas habilidades de classe dizem que “seus ataques contam como mágicos para os propósitos de ignorar imunidades e resistências à danos não-mágicos”. Tais habilidades se mostram úteis justamente nestes casos: pelo fato do Horror de Elmo ser resistente a ataques não-mágicos, seus ataques contra essa criatura passarão a ser considerados mágicos, ignorando a resistência a dano da criatura.
Exemplos de habilidades que fazem isso: Golpes Potencializados com Ki (Monge), Pacto da Lâmina (Bruxo), Ataque Primal (Druida, enquanto transformado em uma fera)

  • Ordem das coisas: A resistência se aplica apenas após aplicar todos os demais modificadores de dano.

Por exemplo: Um guerreiro com o talento Maestria em Armaduras Pesadas (Heavy Armor Master) recebe 11 de dano cortante oriundo de uma arma não mágica. O talento Maestria em Armaduras Pesadas reduz o dano de ataques não mágicos cortantes, de concussão e perfurantes em 3 pontos ao utilizar uma armadura pesada.

Neste caso, você aplicará a redução de dano concedido pelo talento seguido pela resistência a dano. Sendo assim, os 11 de dano são reduzidos para 8 devido ao talento e, caso você seja resistente ao tipo de dano causado, os 8 pontos de dano são reduzidos para 4 após a aplicação da resistência.

  • Dano mínimo: Não existe dano mínimo em D&D 5ª Edição.

Por exemplo: Se você sofrer 1 ponto de dano perfurante de um ataque e você possui resistência a dano perfurante, o 1 ponto de dano perfurante é diminuído pela metade (0,5), que arredondado para baixo fica 0. Você não receberá dano.

Por fim…

Vale ressaltar que, quando uma criatura for resistente a um tipo de dano (como por exemplo, resistente a dano cortante), ele diminuirá o dano pela metade seja esse dano mágico ou não. Se o fato do ataque ser mágico ou não for relevante para a resistência, isso será mencionado (como acontece com o já citado Horror de Elmo).

Imunidade

Quando você é imune a um tipo de dano, todo e qualquer dano causado referente ao tipo de dano no qual você é imune é reduzido a 0.

Um arbusto errante, por exemplo, é imune a dano elétrico. Se ele for alvejado pela magia corrente de relâmpagos e a jogada de dano resultar em 80 pontos de dano elétrico, tal dano é reduzido a 0.

Tópicos importantes:

  • Danos múltiplos: Algumas magias causam dois ou mais tipos de dano (onda destrutiva é uma delas). Você só reduzirá o dano a 0 o tipo de dano no qual você seja imune, não o dano total da magia.

Por exemplo: Um diabrete é alvejado pela magia chuva de meteoros, que causa 20d6 de dano ígneo e 20d6 de dano contundente. Após rolar os dados de dano, constatou que foram causados 73 pontos de dano ígneo e 90 pontos de dano contundente, o que totaliza 163 pontos de dano. O diabrete é imune a dano ígneo, mas não a dano contundente. Portanto, ele ignorará apenas os 73 pontos de dano ígneo em vez dos 163 pontos de dano totais. Assim sendo, ele sofrerá 90 pontos de dano em vez de 163 (0 de dano ígneo devido à imunidade e 90 de dano contundente).

  • Imunidade a danos não-mágicos que não sejam de “X”: Da mesma forma como ocorre com a resistência, algumas criaturas são imunes a tipos de dano muito específicos.

Peguemos a criatura Lobisomem: ela possui “Imunidade a dano cortante, de concussão e perfurantes não mágicos que não sejam realizados com armas de prata”.

Vamos explicar abaixo como essas interações funcionam em ataques:

  • Ataques com armas mundanas (não-mágicas): Pelo fato da arma não ser mágica, um Lobisomem é imune ao dano que ela causa;
  • Ataques com armas mágicas: Como a arma é mágica, ela ignora a imunidade do Lobisomem, causando dano normalmente;
  • Ataques com armas de prata: O Lobisomem possui imunidade a ataques não mágicos, exceto se o ataque não-mágico for causado por armas forjadas com prata. Se você atacar com uma arma de prata, você ignora a imunidade da criatura, causando dano normalmente.

Algumas habilidades de classe dizem que “seus ataques contam como mágicos para os propósitos de ignorar imunidades e resistências à danos não-mágicos”. Tais habilidades mostram-se úteis justamente nestes casos: pelo fato do Lobisomem ser imune a ataques não-mágicos, seus ataques contra essa criatura passarão a ser considerados mágicos, ignorando a imunidade da criatura ao dano causado.
Exemplos de habilidades que fazem isso: Golpes Potencializados com Ki (Monge), Pacto da Lâmina (Bruxo), Ataque Primal (Druida, enquanto transformado em fera)

Vulnerabilidade

Ter vulnerabilidade a um tipo de dano faz com que você sofra o dobro de dano sempre que sofrer dano do tipo especificado.

Suponhamos que uma bola de fogo tenha atingido uma múmia e tenha causado 30 pontos de dano ígneo. A múmia sofreria 60 pontos de dano ígneo por ter vulnerabilidade a dano ígneo (30 se tiver sucesso na salvaguarda de Destreza).

Tópicos importantes:

  • Ordem das coisas: A vulnerabilidade se aplica apenas após aplicar todos os demais modificadores de dano.

Por exemplo: Um Clérigo do Domínio da Guerra de tendência Ordeiro e Bom acertou um ataque contra um Rakshaka utilizando uma espada curta, causando 8 pontos de dano perfurante. Sua habilidade Golpe Divino faz com que ele cause 6 pontos de dano perfurante adicional. O Rakshaka possui Vulnerabilidade a dano perfurante causado por criaturas boas (uma condicional curiosa, digamos).

Neste caso, você aplicará o dano adicional de Golpe Divino primeiro, seguido pela Vulnerabilidade a dano. Portanto, os 8 pontos de dano inicial se somam aos 6 pontos de dano de Golpe Divino, totalizando 14 pontos. Com a Vulnerabilidade, os 14 pontos de dano são dobrados, tornando-se 28 pontos de dano ao todo.

  • Danos múltiplos: Algumas magias causam dois ou mais tipos de dano (onda destrutiva é uma delas). Você só dobrará o dano causado no tipo de dano no qual você é vulnerável, não o dano total da magia.

Por exemplo: Um esqueleto é alvejado pela magia chuva de meteoros (sempre ela), que causa 20d6 de dano ígneo e 20d6 de dano contundente. Após rolar os dados de dano, constatou-se que foram causados 73 pontos de dano ígneo e 90 pontos de dano contundente, o que totaliz 163 pontos de dano. Um esqueleto é vulnerável a dano contundente, mas não ígneo. Portanto, ele sofrerá “apenas” o dobro de dano de contundente causado pela magia, em vez de dobrar os 163 pontos de dano totais. Sendo assim, ele sofrerá 253 pontos de dano (73 de dano ígneo e 180 de dano contundente devido a vulnerabilidade).

Um extra

Muitas confusões ocorrem em relação a dois parâmetros do jogo: dano venenoso e a condição envenenado.

É importante frisar que, embora compartilhem de um mesmo tema (veneno), são duas mecânicas diferentes. Você pode, por exemplo, ser imune a condição Envenenado e não ser imune (ou resistente) a dano venenoso e vice-versa.

Ainda assim, você ficou com alguma dúvida? Tem alguma sugestão de pauta? Deixe sua opinião nos comentários!

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