Entendendo sua ficha de D&D 5ª Edição!

Conheça e entenda mais detalhes da ficha (ou planilha) de personagem para Dungeons & Dragons 5ª Edição!

Depois de tanto tempo inserido nas redes sociais, nós detectamos que o pessoal até lê o Livro do Jogador para começar a jogar, mas na hora de passar os dados para a ficha, os problemas começam a surgir. Isso porque a ficha de personagem possuí muitas informações (como uma tabela do Excel) e os jogadores novatos acabam se perdendo no meio deste processo. Então, como nossa função é fomentar o RPG, ajudaremos você a entender e preencher sua ficha!

Parte 1 – Atributos

Antes de preencher seus atributos, é importante entender como eles podem ser distribuídos. Existem três maneiras para determiná-los:

• Rolando 4d6 (quatro dados de seis faces) seis vezes, somando o valor dos três maiores resultados e descartando o menor valor. Após fazer isso seis vezes, distribua os valores obtidos entre os seis atributos;
• Você pode pegar os seguintes números: 15, 14, 13, 12, 10 e 8. Distribua-os entre os seis atributos;
• Você pode comprar seus pontos de atributo: Você possuí 27 pontos de compra, e o valor do atributo que você deseja deve ser comprado de acordo com a tabela disponível também na página 13 do Livro do Jogador (tabela abaixo), sendo que um atributo não pode ser inferior à 8 e superior à 15.

Você pode verificar para que serve cada atributo à partir da página 175 do Player’s Handbook – Livro do Jogador (que pode ser obtido em português ou em inglês na Amazon). E, na sessão “Construção Rápida” de sua classe, você pode verificar quais atributos melhor se encaixam para a classe que você planeja utilizar.

Após a definição de seus atributos, adicione os bônus nos valores de atributo determinados por sua raça (disponíveis a partir da página 18 do Livro do Jogador). Após esse processo, coloque os valores de cada atributo em seus respectivos campos, no espaço maior (conforme indicado na imagem abaixo).

O valor de cada atributo, salvo raríssimas exceções, não servirá para nada além de gerar os modificadores de atributo. Eles sim, são a parte importante de sua ficha. Os modificadores irão mostrar o quão bem você pode executar determinadas ações, conforme veremos mais pra frente. Para defini-los, converta o valor de cada um dos atributos de acordo com a tabela abaixo:

Como dissemos acima, o modificador é o que importa em seus atributos. Por exemplo:

• Se você quer atacar com um Machado de Batalha, você irá rolar um d20 (dado de vinte lados) e somar ao resultado o seu modificador de Força;
• Se você quer atirar um dardo, você irá rolar um d20 e somar ao resultado o seu modificador de Destreza;
• Se você quer verificar se há inimigos na sala, você fará um teste de Sabedoria (Percepção), que consiste em rolar um d20 e somar seu modificador de Sabedoria ao resultado.

Parte 2 – Proficiências

Dando prosseguimento à explicação, iremos agora para as Proficiências. Em resumo, a Proficiência diz o quão competente você é ao realizar determinada tarefa (seja atacar, conjurar uma magia ou rastrear uma presa). Por exemplo, magos são proficientes com magias, mas são totalmente inábeis com espadas. Por outro lado, ladinos são habilidosos no manejo de armas leves ou armas à distância, mas pouco eficientes ao atacar com armas grandes. Logo, se você é bom com algo, você é proficiente, do contrário, você não é proficiente.

Mas por quê isso é importante?

Porque quando você é proficiente com uma tarefa, você recebe um bônus em suas jogadas, de acordo com seu nível de personagem (não confundir com níveis de classe). A tabela abaixo exemplifica o bônus recebido.

Vamos para um exemplo:

Holg, um Clérigo da Vida de 3º Nível, irá utilizar sua ação para atacar com sua Maça. Ele possuí força 14, o que significa que seu modificador de Força é igual a +2 (você pode conferir isso nas tabelas acima). Mas, além disso, a classe Clérigo concede Proficiência no grupo de Armas Simples – onde a Maça se enquadra. Por estar no 3º nível, o bônus de proficiência é igual a +2 (novamente, confira a tabela acima). Logo, sua rolagem contará com os bônus de +2 de sua Força e +2 de Proficiência.
Portanto, sua jogada de ataque será igual a 1d20 + 4 (jogar um dado de vinte lados e adicionar 4 ao seu resultado).

Os seguintes fatores podem determinar se você é proficiente em determinada tarefa:

• Sua raça
• Sua classe
• Seu arquétipo/subclasse (mas apenas alguns arquétipos concedem proficiência)
• Seu antecedente
• Talentos
• Itens mágicos

Voltando para o exemplo de Holg, nosso Clérigo, vamos verificar quais são as proficiências que ele possui:

Holg é um Meio-Orc de 3º nível que decidiu se tornar um clérigo, adotando o domínio da vida como arquétipo. Por fim, por ter sido um gladiador enquanto era escravizado, ele também possui o antecedente Artista.
Essas quatro escolhas (raça, classe, arquétipo e antecedente) determinaram as proficiências de Holg:

Raça: Meio-Orc
Por ser um Meio-Orc, você adquire proficiência na Perícia Intimidação;

Classe: Clérigo
Por ser um clérigo, você adquire diversas proficiência. São elas:

• Proficiência ao usar Armaduras Leves e Armaduras Médias;
• Proficiência no uso de qualquer Arma Simples;
• Proficiência nos testes de Salvaguarda de Sabedoria e Carisma;
• Proficiência em duas perícias, escolhidas entre as opções a seguir: História, Intuição, Medicina, Persuasão e Religião.
  Holg escolheu Intuição e Religião;

Arquétipo: Clérigo da Vida;
Por ser um Clérigo da Vida, Holg recebeu proficiência no uso de Armaduras Pesadas.

Antecedente: Artista
Por ser um Artista (Gladiador), Holg recebeu as seguintes proficiências:

• Proficiência nas perícias Acrobacia e Atuação;
• Proficiência ao usar um Kit de Disfarce e ao usar um Instrumento Musical.
  Holg escolheu uma flauta de pã como seu instrumento musical.

Ou seja: em todos os testes ou ataques que englobem algo mencionado acima, Holg adicionará seu bônus de proficiência na rolagem.

Proficiência na Armadura e no Dano

É importante salientar que o bônus de proficiência funciona de outra maneira com armaduras: em vez de adicionar seu bônus de proficiência na CA (abordaremos isso na próxima postagem), você simplesmente sabe utilizar a armadura.
Se não tiver proficiência, isso significa que você não consegue usar a armadura de forma eficiente. Você até pode utilizar a armadura mesmo sem possuir a proficiência nacessária, mas isso acarreta em diversas penalidades. São elas:

• Você terá desvantagem em qualquer teste de habilidade (testes de atributo e testes de perícia);
• Você terá desvantagem em testes de salvaguarda e nas jogadas de ataque que envolvam Força ou Destreza
• Você não poderá conjurar magias.

Lembrando: Quando você realiza uma jogada com Desvantagem, você deve rolar dois dados de 20 lados e escolher o menor número.

Algo importante de se mencionar é que, embora a Proficiência adicione um modificador no jogada de ataque, o bônus concedido por ela não é incluso na rolagem de dano. Vamos para mais um exemplo:

Como mencionamos acima, Holg possui +4 na jogada de ataque com sua maça (+2 de Força, +2 de sua Proficiência). E, ele acaba de ser bem-sucedido em uma jogada de ataque contra um corpulento (mas lento) Orc.
Ao realizar a jogada de dano, ele deve jogar o dado de dano da arma (no caso da maça, 1d6) e acrescentar +2 de seu bônus de seu modificador de Força. A bônus de proficiência é desconsiderado nas jogadas de dano.
Portanto, sua jogada de dano será igual a 1d6+2 (ou rolar 1d6 e acrescentar 2 ao resultado obtido).

Essas dicas te ajudaram a entender melhor alguns dos conceitos de sua ficha? Você ficou com dúvidas em relação a algum dos pontos acima? Deixe sua opinião no campo de comentários, abaixo!

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