Esta é a segunda editora a anunciar publicamente sua decisão acerca do tema complexo!
Seguindo os passos da Chaosium, a Paizo anuncia que não utilizará artes criadas por Inteligência Artifical (ou apenas IA) em suas futuras publicações!
O estúdio de Washington reconhece que o auxílio prestado por diversos ilustradores ajudaram a alavancar o sucesso do estúdio (em especial Wayne Reynolds, responsável por dar uma “cara” a Pathfinder), e que, por isso, teme pela manutenção do estilo de vida destes importantes ilustradores.
Por conta disto, a editora declarou que não irá utilizar artes desenvolvidas por IA em suas publicações, e que irá ajustar seus contratos de criação para que deixe claro que a publicação deverá ser desenvolvida por humanos. Ainda, o estúdio pretende estender esta medida para Pathfinder Infinite e Starfinder Infinite, programas de criações comunitárias de Pathfinder RPG e Starfinder RPG, respectivamente, mantidas em parceria com o DrivethruRPG.
Ainda, de acordo com o estúdio, “ao adquirir um produto da Paizo, você poderá ter a certeza que ele foi o resultado do trabalho de profissionais humanos, que gastaram anos aperfeiçoando suas criações para produzir o melhor trabalho que puderam a época. A Paizo não usará trabalhos ‘criativos’ desenvolvidos por IA em quaisquer produtos em um futuro próximo”.
Entendendo a polêmica
Inteligências artificiais vieram para ficar: hoje em dia, existem diversos aplicativos que trabalham em conjunto com inteligências artificiais, fornecendo funcionalidades melhores ou com resultados mais rápidos do que um humano faria – nosso portal utiliza uma IA para revisar os textos que escrevemos . Você pode ver isto por conta própria ao usar o ChatGPT para criar o plano de fundo de sua campanha de RPG — a mensagem “Create a RPG campaign” te levará a resultados frutíferos e surpreendentes, especialmente caso esteja sem ideias.
O caso das artes geradas por inteligência artificial é uma questão complexa: poucas pessoas questionam a utilidade da ferramenta e o quanto ela poderá agilizar a produção de livros inteiros, criando centenas de artes em poucas horas. O “x” da questão é como estas artes são desenvolvidas.
Uma IA não desenvolve ilustrações “do nada”. Para criar artes em segundos, o utilizador da ferramenta precisa inserir textos relacionados com o resultado desejado. A IA, então, busca em seu banco de dados por artes que possuem textos descritivos similares e “desenvolve” uma nova arte usando seu banco de dados como parâmetro. Este banco de dados possui aproximadamente 5.8 bilhões de imagens e é mantido pela LAION, empresa que criou a IA responsável por criar artes usando machine learning.
O banco de dados, como você pode imaginar, possui artes de diversos ilustradores renomados — usar Greg Rutkowski como um texto prompt nestas ferramentas, por exemplo, fará com que o gerador desenvolva uma arte épica, similar àquelas compostas pelo ilustrador que desenvolveu inúmeras artes para Dungeons & Dragons e Magic: The Gathering. É aqui que mora o problema: a utilização destas artes violam os direitos autorais dos artistas proprietários das artes originais.

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