Conheça a história de Zariel, antagonista de Baldur’s Gate: Descent into Avernus!

Encerrando a nossa série de artigos a respeito de Baldur’s Gate: Descent into Avernus, nosso portal apresenta tudo o que você precisa saber sobre a decadência e corrupção de Zariel, ex-celestial e atual arquiduquesa de Avernus, a 1ª camada dos Nove Infernos de Baator!

Se você não viu nossas postagens anteriores a respeito de Descent into Avernus, elas englobam o plano de Avernus e a Guerra de Sangue (Blood War). Os links ao lado te levam para os artigos.

Zariel em D&D 5ª Edição
Arte FANTÁSTICA retratando a queda de Zariel, produzida pelo brasileiro Claudio Pozas!

O princípio da queda

Zariel era um anjo que vivia no Monte Celéstia (também chamado de Os Sete Paraísos de Celéstia), um plano de energia positiva que se encontra nos Planos Exteriores na Grande Roda Cosmológica.

De natureza impetuosa e amante das batalhas, Zariel recebeu uma dura atribuição: observar a Guerra de Sangue, combate protagonizado por demônios (também chamados de tanar’ri) e diabos (também chamados de baatezu). E para Zariel, era muito difícil assistir aquela carnificina e não participar do combate, principalmente quando mortais inocentes morriam em decorrência da guerra.
Para ela, os anjos poderiam facilmente partir em uma cruzada até Avernus e destruir ambos os lados do embate, caso desejassem.

Zariel enfrentando Yeenoghu
Zariel, ainda como um anjo, combatendo o demônio Yeenoghu e seu exército de gnolls no Plano Material.
Créditos: Wizards of the Coast

O que Zariel não sabia é que os anjos do Monte Celéstia já haviam tentado essa abordagem, e ela falhou miseravelmente. A caixa Hellbound, The Blood War conta essa história:

“Quando ínferos viajam, eles não fazem isso de forma incompleta e não se aderem aos costumes locais. Em suas explorações pelos planos, tanto os baatezu como os tana’ri perturbam diversas pessoas. Como resultado disso, sua contraparte planar, os celestiais, ordenaram suas forças para investir contra os insensíveis ínferos que ousaram invadir sua santidade.
Com uma rajada de plumas e lâminas ardentes, um exército de milhões de aasimar e archons tomaram voo para lutar nos Planos Inferiores. Seus olhos queimavam com justiça, seus espíritos ardentes com o desejo de parar o mal e sentindo a necessidade de vingança. Os celestiais pegaram as tropas diabólicas de surpresa, e eles os abateram com grande fúria, não se preocupando sobre quais tipos de corruptores eles derrotavam.
A batalha foi travada durante um ano, com os tanar’ri e os baatezu lutando contra os celestiais e entre si. Então as duas raças corruptoras decidiram esquecer seu confronto eterno por tempo o suficiente para derrotar as forças planares positivas, atingindo-os de todos os lados. Dentro de uma semana, os celestiais recuaram, suas robes puras manchadas e sujas, suas mãos cobertas em sangue. É dito que apenas 3,000 anjos sobreviveram.”

Aliado a isso, os anjos vêem o embate como algo positivo: dessa forma, enquanto as duas raças batalham pela supremacia nos planos inferiores, os anjos podem reunir raças pertencentes a outros planos e, com os futuros aliados, partirem para os Planos Inferiores para derrotar o lado vencedor da Guerra de Sangue.

Dito isso, Zariel questionou os anjos, desejando partir para o conflito nos Nove Infernos para tentar encerrá-lo – o que foi prontamente negado pelos arcanjos pelos motivos acima. Mas Zariel não se contentou com o não e fez o impensável…

A decadência

Decidida a acabar com a guerra com as suas próprias mãos, Zariel recrutou diversos mortais e rumou para os Nove Infernos. Ela até conseguiu derrotar algumas legiões de diabos, mas sua derrota era questão de tempo. Os diabos, em maior número, conseguiram sobrepujá-la. Mas esse não era sem fim…

Zariel em Baator
Zariel (já corrompida) batalhando contra um diabo de ossos em Avernus.
Note a Guerra de Sangue acontecendo no plano de fundo.

Asmodeus – o arquiduque de Nessus (a última camada do Inferno) e aquele que comanda todos os demais diabos – despachou uma tropa de diabos de ossos para encontrar Zariel, e assim eles fizeram, encontrando-a em um pequeno monte de tropas mortas. E isso pode parecer estranho, mas Asmodeus permitiu que Zariel se recuperasse nas profundezas de Nessus.

Isso aconteceu porque Asmodeus já conhecia Zariel: há muito tempo atrás, os anjos do Monte Celéstia decidiram julgar Asmodeus, acusando-o de diversos crimes terríveis.
Ele poderia simplesmente deixar para lá (afinal, os anjos sempre terão motivos para condenar os diabos), mas optou por participar do julgamento. Mas com uma condição: o julgamento deveria ser realizado por Primus, o lorde do plano de Mecânos (um plano absolutamente Leal). Apenas ele seria capaz de realizar um julgamento justo e livre de preconceitos. E os anjos inocentemente aceitaram tal condição.

Após semanas de julgamento, Primus chegou a conclusão que Asmodeus realmente havia realizado crimes terríveis, mas todos eles estavam previstos em contrato. E afinal, o contrato é uma lei, e uma lei é um contrato. Então Primus, já cansado de ouvir tantas acusações infundadas, informou que ouviria apenas mais alguns relatos.
Sempre impetuosa, Zariel exigia ser ouvida, então empurrou diversos anjos para chegar até a frente dos juízes, o que gerou uma grande briga. E vendo tal conflito, Asmodeus a olhou com um grande sorriso.

Após a recuperação de Zariel, Asmodeus a colocou como sua campeã e arquiduquesa de Avernus.

Zariel.
A forma diabólica de Zariel.
Créditos: Wizards of the Coast

A vida de Arquiduquesa

Zariel comandou a camada de Avernus por eras, até que os diabos que comandavam as oito primeiras camadas do Inferno (incluindo Zariel) elaboraram um plano para derrotar Asmodeus;
O plano (que já estava fadado ao fracasso) entrou em colapso após Geryon (o líder da 5ª camada do Inferno, Stygia) revelar-se um traidor e fiel à Asmodeus: ele implantou diversas tropas fiéis ao senhor dos diabos nas tropas dos demais diabos, criando um conflito interno dentro dos esquadrões. O conflito acabou favorável para Asmodeus, derrotando todos os demais diabos que se opuseram a ele.

E como sempre ocorre, alguém tem que pagar o pato, e a escolhida foi Zariel. Traída pelos demais Príncipes do Inferno, Zariel foi deposta e aprisionada nas profundezas de Avernus. Enquanto isso, Bel, o novo regente de Avernus, drenava seus poderes para ficar cada vez mais forte. E mesmo aprisionada e enfraquecida, Zariel continuava a demostrar seu poder: diversas lendas dizem que as bolas de fogo que explodiam (e ainda explodem) aleatoriamente por Avernus são, na verdade, obra de Zariel.

O aprisionamento de Zariel não durou muito: Asmodeus estava insatisfeito com a forma com que Bel atuava na Guerra de Sangue (Bel acreditava que a derrota dos diabos era inevitável, o que pode ter feito com que seu ímpeto diminuísse) e decidiu depô-lo. E conhecendo o ímpeto de Zariel por batalhas, Asmodeus optou por lhe devolver o cargo, tornando-a a atual arquiduquesa de Avernus.
Bel continua a fazer parte do dia-a-dia de Avernus, mas atuando como estrategista das tropas infernais na Guerra de Sangue.

Como comandante, Zariel não se preocupa com as politicagens dos lordes diabólicos, se preocupando inteiramente com o combate na Guerra Sangrenta – inclusive, participando ativamente do combate. Ela deixa a parte estratégica e política com Bel, que possui mais traquejo com esse tipo de atividade

E o elefante?

Se você acompanha nossas mídias sociais, já deve ter visto que Zariel tem um bicho de estimação, um celesfante (hollyphant) chamado Lulu. Infelizmente, nada foi dito sobre o/a Lulu nas edições anteriores. A única informação pré-aventura disponibilizada é que Lulu era companheira de Zariel no Monte Celéstia.

Zariel com seu elefante Lulu. Não há informações sobre ele(a).

Conteúdos Adicionais

A última Dragon+ disponibilizou a ficha da Zariel em PDF. Você pode fazer o download do seu bloco de estatísticas neste link.

Referências

E como não poderia deixar de ser, abaixo estão listados os materiais utilizados como referência para essa postagem, por ordem de data de publicação:

Ficha Técnica

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